Julgamento e Ofício

Quando ainda acreditava piamente nas invenções do Aldo Bertoni e sua quadrilha, um dos ensinamentos que mais me surpreendia era sobre a forma como a “santa vó Rosa” julgava aqueles irmãos que faleciam e supostamente orientava o Aldo Bertoni a autorizar ou desautorizar a realização de ofício fúnebre para o falecido. Há até um hino da igreja chamado “A Grande Julgadora” que falava exatamente sobre isso.

Àqueles que nos leem mas nunca foram apostólicos, esclareço que na Igreja Apostólica, até hoje, a realização (ou não) do ofício fúnebre é o sinal de que a pessoa falecida foi salva ou não. Quando Aldo Bertoni dá ordem para não realizá-lo, significa dizer que aquela pessoa foi condenada. Quando a cerimônia é autorizada, quer dizer que a pessoa foi salva.

Do alto da minha ignorância, eu realmente achava que isso era verdade, e foram muitas as vezes em que me senti entristecido ao ir a velórios de conhecidos e ver que ali não seria realizado o ofício apostólico. Para mim, aquela pessoa tinha sido condenada!

Entretanto, agora que sabemos de toda a verdade e conhecemos quem é Aldo Bertoni, é que vemos o dano que esse falso ensino já causou a muitas famílias. Aldo Bertoni, sendo quem é, um mentiroso de mão cheia que conseguiu nos enganar por décadas, não tem poder algum para condenar ou absolver quem quer que seja. Esse suposto poder está apenas na mente dos apostólicos, e isso é usado como arma para controlar e manipular estes irmãos.

Lembro-me de diversos casos, especialmente no interior, onde famílias perderam entes queridos, e ao ligar para a Sede e pedir o ofício, a família teve a cerimônia recusada. Hoje em dia Aldo não recusa cerimônia para ninguém, pois precisa do apoio dos que ainda acreditam em suas mentiras, mas antigamente essas recusas eram mais comuns do que se imagina. Geralmente, as recusas eram feitas sob a alegação de que o morto não era “obediente”, e os cúmplices do falso profeta chegavam a essa conclusão unicamente baseados nas fofocas que irmãos daquela congregação faziam à Sede.

Você imagina o desespero de uma mãe em enterrar um filho que teve o ofício negado? Para aquela mãe, a alma de seu filho estava condenada a arder no inferno pela eternidade! Eu vi isso, não me lembro a congregação, onde um jovem morreu afogado ao tentar atravessar um rio a nado. Depois que a família pediu o ofício, alguém da Sede entrou em contato com algum fanático da congregação do jovem, para obter maiores informações sobre o morto, e foi informado que ele era meio “desobediente”, pois era visto andando de bermuda na rua. Foi o suficiente para Aldo Bertoni vetar o ofício do rapaz. Imagine você o sofrimento que essa “condenação sumária” não causou na família, e pense em como a reputação desse jovem foi destruída perante a comunidade apostólica!

Percebem como Aldo Bertoni sempre se vale do terror e do medo das pessoas para poder explorá-las? Quando veta um ofício e submete o falecido e sua família a tal situação, Aldo consegue criar até pânico em quem está vendo aquilo, e com isso consegue arrancar a “obediência” de muitos!

A maioria dos irmãos apostólicos acham que é o próprio Aldo Bertoni quem autoriza ofícios, mas desconhecem que quem de fato o faz é a Efigênia Joventino, a secretária do Aldo. Quando está no escritório da Sede, perto de alguém que acredita na “santidade” do Aldo Bertoni, ela disfarça e até liga para o “profeta” informando determinado falecimento e pedindo autorização, mas na grande maioria dos casos é ela mesma quem decide, baseada em informações que obtém junto a incautos irmãos da congregação do falecido.

Se você é de congregação do interior, pode já ter presenciado isso, quando alguém da Sede liga para saber se o falecido era obediente. Ué, mas o Aldo Bertoni não é onisciente, não é aquele que “fala com Deus” e sabe de tudo? Então para que precisam de informações sobre o falecido para poder decidir se autoriza o ofício ou não?

Há anos tenho recebido diversos relatos de irmãos do interior que, para tirar dúvidas quanto a essa questão, inventaram nome de mortos e ligaram para a Sede pedindo o ofício. Ora, não é que foram autorizados a fazer ofício para o morto que nem existia? Quer prova maior do tamanho da fraude que somos obrigados a acreditar quando estamos sob as rédeas do Aldo Bertoni?

A verdade, meus caros irmãos, é que a Bíblia, a Palavra de Deus, nos ensina algo completamente diferente sobre o julgamento daquele que morre. Todos seremos julgados diante de Deus, e não por homens, ainda mais corruptos como o Aldo Bertoni. A Bíblia diz em Apocalipse 20:12 “E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”

As pessoas serão julgadas segundo o que fizeram. A Bíblia diz em Mateus 16:27 “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras.”

O critério no julgamento será a lei de Deus. A Bíblia diz em Tiago 2:10-12 “Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. Porque o mesmo que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como havendo de ser julgados pela lei da liberdade.”

O julgamento de Deus será justo. A Bíblia diz em Atos 17:31 “Porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”

Ninguém se escapará do julgamento. A Bíblia diz em 2 Coríntios 5:10 “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.”

Nada pode ser escondido do julgamento. A Bíblia diz em Eclesiastes 12:14 “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”

No tribunal do julgamento, Cristo é o nosso advogado. A Bíblia diz em 1 João 2:1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”

Que evidências tem o nosso advogado de defesa a nosso favor? A Bíblia diz em Apocalipse 3:5 “O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.”

Sorte nossa, meus caros amigos, que nosso único Juiz é Deus, o Pai, e temos por defensor Aquele por quem temos trabalhado arduamente nesses últimos três anos, Jesus Cristo, o Justo.

Fiquemos todos com Deus, agradecidos por termos sido libertos de tão louca doutrina.