Nilson Cairolli, Primeiro Secretário da Igreja Apostólica (à esquerda) e Orlando Arantes, Conselheiro Financeiro da Igreja Apostólica (à direita): saíram nos tapas dentro da Sede, no mês passado, com a presença de várias testemunhas oculares. Conheça o motivo!
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Todos os apostólicos que procuram saber o que ocorre em sua igreja, já estão sabendo deste fato escandaloso e infeliz, principalmente graças à internet, que permite à informação fluir muito mais rápido.
Em meados do mês passado, os membros do Conselho Deliberativo da Igreja Apostólica Orlando Arantes Marques e Nilson Bittencourt Cairolli, saíram nos tapas dentro da sede da igreja, em São Paulo.
Na gravação da reunião do dia 26/11/2014, Solyom, o presidente da igreja, nega que tenha havido a briga simplesmente porque ele não a viu, pois não estava presente na hora do ocorrido, e por isso diz que é fofoca. Porém, diversas testemunhas, entre elas alguns empregados da igreja e os porteiros que cuidavam da portaria da Sede naquele dia, nos confirmam que ela de fato ocorreu.
Qual o motivo da briga? É esta carta, redigida pelos advogados do Aldo Bertoni e assinada por ele próprio, em 2012:
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Este documento foi extraído do processo judicial movido pelo Conselheiro Financeiro da Igreja Apostólica, Orlando Arantes Marques, contra a própria Igreja Apostólica. O processo está em andamento, sem previsão de conclusão. A briga nos tribunais promete ser longa.
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Para o caso de você não conseguir ler o documento, que foi obtido como uma fotografia dessa página do processo, transcreveremos o texto assinado por Aldo Bertoni e seus advogados:
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São Paulo, 1º de Agosto de 2012
À Igreja Apostólica e ao Povo Apostólico
Tendo em vista as dificuldades criadas à minha pessoa e à Igreja Apostólica pelos inimigos de nossa fé, alguns dos quais dissimulados debaixo do nosso teto, bem como os graves problemas de saúde que me acometem e, ainda, a vaga nas funções de Diretor Presidente e de Diretora Chefe deixadas com o falecimento do Bispo Eurico Mattos Coutinho e da Missionária Odete Corrêa Coutinho, chamo e nomeio, na condição de representante e único sucessor e herdeiro da Santa Vó Rosa, o Espírito Santo Consolador, os membros Orlando Arantes Marques, Efigênia Joventino e Wagner Ormanji, todos idôneos, da mesma fé, e espiritualmente preparados conforme a doutrina, para exercerem, em caso de vaga na função de Diretor Superintendente Geral atualmente ocupada por este Primaz que subscreve, seja por falecimento ou impedimento decorrente de doença, agravamento de saúde ou, ainda, de problemas de outra ordem, as funções, respectivamente, de Diretor Superintendente Geral, de Diretora Presidente e de Diretor Chefe da Igreja, os quais deverão prosseguir na preservação da nossa Igreja, da nossa doutrina, do nosso estatuto e de nossa grande e verdadeira família apostólica.
Assinam:
Aldo Bertoni – Primaz
Sérgio Gomes Ayala – Advogado OAB/SP nº 122.661
Odair Mariano Martinez A. Oliveira – Advogado OAB/SP nº 82.941
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Cópias desse documento foram entregues a Orlando Arantes, Efigênia Joventino e Wagner Ormanji, que já em 2012 sabiam de todas essas condições sobre Aldo Bertoni, mas não contaram nada ao povo apostólico. Quando Aldo faleceu, no mês de Maio passado, Efigênia e Wagner concordaram em rasgá-la e partirem para um novo estatuto, pois Wagner já havia identificado que o antigo estatuto da Igreja Apostólica estava ilegal, pois continha vários Artigos que são contrários ao previsto no novo Código Civil vigente no país desde 2002. Se tentassem continuar com o antigo Estatuto, a justiça não permitiria, e foi o que de fato aconteceu.
Mas Orlando Arantes não concordou em rasgar a carta. Queria, e ainda quer, ocupar o cargo que o próprio Aldo Bertoni lhe designou, o de Diretor Superintendente. De acordo com esse documento redigido pelos advogados do Aldo e assinado pelo próprio, Orlando ocuparia a vaga do Aldo Bertoni, Efigênia ficaria com a vaga que foi do Bispo Eurico, e Wagner Ormanji ocuparia a vaga da Missionária Odete.
É necessário que recapitulemos vários fatos ocorridos naquele ano de 2012, para que você entenda em que contexto esta carta foi escrita.
Como você deve se recordar bem, a primeira audiência de julgamento do Aldo Bertoni ocorreu em 27/02/2012. Essa primeira audiência ocorreu para que as testemunhas de acusação fossem ouvidas. Já nessa audiência, Aldo e seus advogados tiveram a certeza de que a condenação estava líquida e certa. A partir daí, talvez pela apreensão de ser preso e voltar a aparecer na TV, a saúde do Aldo Bertoni passou a se deteriorar rapidamente.
A segunda audiência, onde seriam ouvidas as testemunhas de defesa (um monte de fanáticos que não sabiam nada sobre a vida particular do falso profeta), ocorreu em 03/06/2012. A terceira audiência, onde o réu criminoso Aldo Bertoni seria ouvido, ocorreu em 03/07/2012. Só que Aldo não apareceu em seu próprio julgamento. Mandou seus advogados entregarem um atestado médico informando que ele não possuía condições físicas e nem mentais de prestar depoimento algum.
Relembre alguns desses fatos clicando nos links abaixo:
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CHEGOU O DIA
ONDE ESTÁ O PROFETA?
A ESTRATÉGIA DO PROFETA FUJÃO
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Desde então, foram marcadas seguidas audiências, e em todas elas foram apresentandos atestados médicos alegando precária saúde do réu. Sem ouvir o réu, a juíza não podia dar a sentença, que seria facilmente anulável em instâncias superiores, sob a alegação de cerceamento de defesa. E assim foi até que Aldo morreu. Aliás, quando morreu, havia uma ordem da juíza para que o hospital informasse quando ele estivesse melhor, pois seria ouvido no próprio hospital.
A carta do Aldo Bertoni é datada de 1º de Agosto de 2012, portanto, quase um mês após a terceira audiência. Naquele momento, Aldo e seus próprios familiares, acreditavam que ele seria condenado a prisão domiciliar, em sua própria casa, devido à idade. Os advogados do Aldo, já achavam que ele não duraria muito, devido ao debilitado estado de saúde. Então, a Igreja Apostólica ficaria sem comando de qualquer forma, por morte, agravamento da doença ou prisão do falso profeta.
A orientação dos advogados foi para que ao menos se resolvesse a questão jurídica do comando da igreja. A ordem do profeta bandido era que o controle continuasse nas mãos da família, mas não poderia indicar ninguém da família, pois nenhum deles era apostólico. A solução foi indicar três pessoas que pudessem garantir a continuidade do comando dos Bertonis sobre as finanças da igreja.
Orlando Arantes sempre foi fanático de forma até doentia, então era o homem certo para ficar sob o comando do sobrinho-contador Hélio Viana da Rocha. Efigênia Joventino, corrupta aliada incondicional do bandidão Aldo, também era comandada por Hélio. Mas quem cuidaria da “doutrina”? Tinha que ser alguém que acreditava em todas as tolices apostólicas. Então escolheram alguém que era suficientemente fanático e era “bom de microfone”, para o cargo que havia pertencido à Missionária Odete, cuja função era unicamente cuidar da “parte espiritual” da igreja, não se envolvendo na parte administrativa e financeira.
Os advogados que assinam junto com Aldo Bertoni, e são suas testemunhas legais, são o Dr. Odair Mariano Martinez A. Oliveira, que foi contratado por Aldo Bertoni desde o início do processo impetrado pelo Ministério Público pelos abusos sexuais, e o Dr. Sérgio Gomes Ayala, que substituiu o Dr. Arlindo Duarte Mendes, advogado originalmente contratado junto com o Dr. Odair, mas que teve de se afastar para tratar de um câncer. O Dr. Arlindo veio a falecer algum tempo depois.
Este foi o contexto em que esta carta foi assinada por Aldo Bertoni, nomeando diretamente seus “sucessores”. Enquanto isso, o povo tolo e fanático, principalmente do interior, continuava bradando que Aldo Bertoni estava com ótima saúde e que nunca morreria, mas arrebataria a igreja junto com ele. Quando noticiávamos que Aldo estava doente, diziam que estávamos mentindo. Vários pastores juravam de púlpito que Aldo Bertoni estava muito bem de saúde, e que tais notícias não passavam de mentiras dos “rebeldes”. Pobres tolos inocentes!
Nossa opinião sobre o que vai acontecer? Esse processo movido por Orlando Arantes não dará em nada, pois além do antigo Estatuto ser ilegal, o novo Código Civil deixa claro que a instância máxima numa Associação, como é o caso das igrejas, é a Assembleia Geral. E no caso da Igreja Apostólica, a Assembleia Geral votou por um novo Estatuto. Então, nada vale aquela carta do Aldo Bertoni.
Orlando Arantes, herdeiro legítimo do cargo ocupado por Aldo Bertoni, por decisão do próprio falso profeta, provavelmente será expulso do Conselho Deliberativo. Fanático como é, possivelmente continuará pregando mentiras para os fanáticos do interior, e mediante um bom prêmio em dinheiro pelos “bons serviços prestados” durante anos, se calará para não criar ainda mais polêmicas.
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Enquanto isso, os bobocas do interior, aliados a pastores pregadores de mentiras, autênticos servos de satanás, anunciavam mentiras ao Povo Apostólico. Veja esse anúncio: diziam que Aldo estava com uma simples gripe. E agora, será que viram como estavam errados, ou continuam cegos, afogados em seu fanatismo religioso? (clique na imagem para ampliá-la)
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E os fanáticos? Continuarão idolatrando o bandido morto e cantando aquele monte de mentiras como se ele fosse o próprio Jesus Cristo.
Que Deus perdoe nossos pobres e fanáticos irmãos apostólicos, e os ajude a enxergarem a verdade e a se libertarem do fanatismo religioso, que tanto os cega e permite que eles continuem sendo escravos de corruptos religiosos.
Fiquemos todos com Deus.
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